Depois dos Estados Unidos (com 15.433 canais AM, FM comercial e FM educativas de acordo com a FCC), o Brasil é o segundo país em número de emissoras de rádio: em dezembro de 2013 (Anatel) estavam em operação 9.114 estações – 5.101 emissoras AM, FM, ondas curtas e ondas tropicais e 4.613 rádios comunitárias. Apesar da origem educativa via Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada 1923 por Edgard Roquette Pinto, e recreativa, com o estabelecimento do Rádio Clube de Pernambuco em 1919, a indústria do rádio no Brasil é predominantemente comercial. O advento da radiodifusão comunitária começou com as primeiras rádios livres da década de 1980, quando estudantes secundaristas no interior de São Paulo montavam radiotransmissores com antenas em baixa frequência para se contrapor à programação comercial baseada em hits da indústria fonográfica. O movimento foi replicado em várias cidades e se transformou em uma bandeira contra o sistema oficial de concessão de canais de que obedecia conveniências políticas e não a qualidade técnica dos radiodifusores. Em fevereiro de 1998, foi promulgada a Lei de Radiodifusão Comunitária, com regras e reserva de espaço para as transmissões de até 25 watts de potência.
Em 2014, “o decreto presidencial nº 8139 autorizou a migração das emissoras de rádio que operam na faixa AM para a faixa FM. Com a mudança, a expectativa do setor é de que as rádios AM recuperem a audiência. Essas emissoras foram prejudicadas não só por causa da interferência no sinal de transmissão, mas também porque não podem ser sintonizadas por dispositivos móveis, como celulares e tablets ou mesmo rádios de automóveis” (Minicom, 2014).